Brasil • 17 de dezembro de 2014

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O diretor da Área Industrial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Cesar Maciel Ramundo, destacou hoje (17), em seminário no Rio de Janeiro, a importância da cana-de-açúcar para a produção de combustíveis renováveis e também para a área química. Apesar disso, ele disse que o setor tem pouca expressividade no mundo, sendo um fenômeno tipicamente brasileiro. “Não havia, por parte das grandes multinacionais, visibilidade para a cultura da cana. Se o Brasil não desenvolvesse essa alternativa por si só, ela não viria a ter liderança, de forma alguma. Como país agrícola, a gente pretende dar impulso enorme nos próximos anos”.

Presente ao seminário, a presidenta da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, ressaltou a interlocução permanente do setor sucroenergético com o Ministério de Minas e Energia e o BNDES, em especial. Observou que para virar o jogo da crise é essencial que haja inovação tecnológica que “produza ganhos de produtividade e competitividade”. Na avaliação de Elizabeth, o Paiss Agrícola vai dar “mais vigor ao setor”, e contribuirá para que este saia mais forte da crise. “Ganhar competitividade demanda ganhos de produtividade, de eficiência, previsibilidade institucional e ações de política pública que atuem sobre situações particulares em que custos sociais são maiores do que os privados e levem a subinvestimentos em atividades que têm valor social”.

Para o diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Ricardo Dornelles, o desafio colocado pela sociedade é obter ganhos de produtividade, e isso será alcançado a partir da utilização de alternativas com maior tecnologia e inovação. “O que a gente precisa é criar políticas públicas que façam que esse setor [sucroenergético] consiga fazer chegar ao campo as tecnologias inovadoras que estão sendo construídas”. Em segundo lugar, apontou que é preciso criar mecanismos para que as melhorias de produtividade e rendimento cheguem também ao campo. “Com isso, o Brasil voltará a ter produto de boa qualidade, bom preço e aceitação para a sociedade brasileira”.

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