14 de fevereiro de 2025

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Morreu ontem cedo no Rio Grande do Sul, aparentemente por suicídio, "a assassina em série do bolo envenenado". Deise Moura dos Anjos, de 42 anos, foi encontrada morta em sua cela na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, para onde havia sido transferida de Torres no dia 06 de fevereiro.

Ela iria ser indiciada no dia 20 próximo por envenenar um bolo com arsênio, o que resultou na morte de três familiares do marido, Diego dos Anjos, em Torres, no litoral gaúcho, em dezembro de 2024. Ela também era a principal suspeita de ter matado o sogro, Paulo, em agosto de 2024, com o emprego do mesmo veneno, encontrado no corpo da vítima após exumação.

Outras quatro pessoas sobreviveram aos envenenamentos, inclusive o marido e o filho. A substância venenosa foi encontrada no sangue e urina dos sobreviventes.

A polícia tem provas robustas de sua responsabilidade, como as pesquisas sobre arsênio encontradas em seu celular e uma nota fiscal da compra do produto em seu nome. Segundo o chefe da Polícia Civil, o delegado Fernando Sodré, as investigações para a finalizar o inquérito continuam para esclarecer todos os fatos. "Os inquéritos vão ser terminados, todos eles. Porque vamos esclarecer todos os elementos e detalhes que envolvem este fato", disse.

Ela foi enterrada hoje na cidade onde morava antes de ser presa, Nova Santa Rita. "Uma expressão que mesclava apatia e incredulidade era visível nos rostos de aproximadamente 30 amigos e familiares de Deise. O último adeus a ela durou menos de três horas", reportou o Correio do Povo, adicionando que "a ausência de Diego Silva dos Anjos, ex-marido de Deise, e do filho, uma criança de 9 anos, também chamava atenção".

Suicídio

Antes de falecer, Deise deixou mensagens em sua cela, nas quais afirmava que era inocente. Ela ainda atribui seu problemas aos "erros e ingratidão" de outras pessoas. "Famílias Anjos e Silva: eu não sou assassina! Só sou um ser humano fraco e com depressão por tanto sofrer na vida e pagar pelos erros e ingratidão dos outros", escreveu numa camiseta encontrada na cela.

Na quarta-feira ela havia manifestado o desejo de tirar a própria vida para o advogado do marido que a visitou para comunicar sobre o processo de divórcio iniciado por Diego. O advogado disse ter alertado os familiares e responsáveis da prisão sobre o estado psicológico da mulher.

As investigações sobre a morte de Deise seguem em andamento e são conduzidas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.

Referências

editar

Fontes

editar