4 de novembro de 2020

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Apesar da grande ansiedade pré-eleitoral, milhões de americanos foram às urnas, na terça-feira,3, para eleger um novo presidente num processo que, segundo muitos relatos, correu bem.

Houve poucos relatos de intimidação de eleitores e nenhum grande ato de violência, de acordo com oficiais da lei e defensores dos eleitores.

Com os resultados de uma campanha eleitoral acirrada entre o presidente Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden ainda no ar, as autoridades permaneceram em alerta para a possibilidade de agitação e violência potencial.

No entanto, os defensores do direito de voto disseram que o processo foi amplamente bem-sucedido e sem perturbações.

Risco de desinformação

Altos funcionários de segurança eleitoral alertam que pode ocorrer a sabotagem de sítios da internet que divulgam resultados das eleições, espalhar desinformação para provocar a divisão e a discórdia.

Kristen Clarke, presidente do Comitê de Advogados para Direitos Civis, disse que as denúncias de intimidação de eleitores foram “mais esporádicas e em menor quantidade” do que a sua organização havia previsto.

“Estávamos preparados para ver esses esforços [de intimidação de eleitores] em comunidades que abrigam negros e pessoas de cor em particular”, disse Clarke numa conferência de imprensa.

O Comitê de Advogados recebeu queixas de intimidação de eleitores por telefone, disse Clarke. Nalguns estados, as chamadas apelavam aos eleitores a "fiacar seguros e em casa".

“Registamos essas reclamações [de intimidação de eleitores] e em muitos casos havia lobos solitários e talvez grupos de dois, mas não grandes grupos que poderiam intimidar o eleitorado”, disse Clarke.

A participação foi relativamente baixa, em grande parte porque a maioria dos eleitores - mais de 101 milhões - já havia votado cedo ou pelo correio.

Karen Hobert Flynn, presidente da organização sem fins lucrativos Common Cause, afirmou: “Estou feliz em afirmar que, de modo geral, este foi um dia de eleição bastante tranquilo para um ano muito desafiador”.

“Também tivemos relatos esporádicos de intimidação de eleitores, bem como desinformação, mas até agora nada que pareça fora do normal”, acrescentou Flynn.

Incidentes isolados

Na corrida para a votação desta terça-feira, havia grande ansiedade de que grupos de milícia de direita ou outros se reunissem em torno dos locais de votação, provocando violência. Isso levou empresas de todo o país a fechar as janelas com tábuas e a Casa Branca a erguer uma cerca nova.

Mas os milicianos desistiram, provavelmente por causa da recente prisão de extremistas antigovernamentais sob a acusação de conspirar para sequestrar a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, disse Devin Burghart, presidente e diretor executivo do Instituto de Pesquisa e Educação em Direitos humanos.

Como resultado, os relatos de intimidação e assédio foram poucos e distantes entre si.

Na Louisiana, um homem exibindo uma bandeira Trump e segurando uma grande arma apareceu do lado de fora de uma seção eleitoral. Na Carolina do Norte, um apoiante de Trump foi preso perto de um local de votação e foi convidado a abandoner.

E na Flórida, dois homens apareceram do lado de fora de uma esquadra passando por adjuntos de xerife.Mas esses incidentes, disse Clarke, “foram muito isolados e esporádicos”.

Fontes