4 de outubro de 2014

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Após uma série de protestos realizados pelos estudantes do Instituto Politécnico Nacional (IPN), o secretario de Governação (equivalente ao ministro do Interior mexicano), Miguel Ángel Osorio Chong, anunciou que o Governo Federal aceita as 10 demandas da pauta de reivindicações apresentado pelos alunos na última terça-feira. Por esta razão, impedem as reformas dos planos, programas de estudo e a regra interna da instituição educativa; também, foi informado que Yoloxóchitl Bustamante Díez, diretora geral da IPN, apresentou sua renúncia ao presidente Enrique Peña Nieto, que o aceitou.

Por volta de 15:00 hora local, Osorio Chong saiu a partir de seus escritórios localizados na Avenida Bucareli para dar uma resposta às demandas dos estudantes, que haviam marchado do Casco de Santo Tomás até o Monumento a la Revolución, para posteriormente, trasladar-se para perto da Secretaria da Gobernação (Ministério do Interior).

Assim esta sexta-feira, sobre um pavilhão montado na rua, Chong anunciou que o governo aceitou o "cancelamento" dos novos planos e programas de estudo (curriculares), as reformas ao novo regulamento e proibirá as pensões vitalícias a ex-diretores do IPN. No entanto, os estudantes deixaram claro que não aceitarão a renúncia do Yoloxóchitl até que se realize uma auditoria sobre sua gestão. Também exigiram justiça para os normalistas desaparecidos em Guerrero.

O que mais nos interessa são os estudantes do Politécnico. Eu dou resposta pontual a suas petições, a todos, porém deixe-me fazer-lo de uma maneira que nos permita dar-lhe sequência. [...] O Governo Federal se compromete com a educação pública. Este governo compartilha sua proposta de incrementar os recursos destinados à educação superior do México. Nos dois últimos anos, se têm incrementado o orçamento. Vocês, os da Poli, têm dado mostra de que podem exigir e fazê-lo com respeito. [...] Este governo tem mantido, mantém e manterá um diálogo aberto e permanente com todos vocês.

Osorio Chong

O secretário também afirmou que "não haverá represálias académicas, administrativas, legais nem de qualquer outro tipo para nenhum membro da comunidade". E que a Policía Bancaria e Industrial deixará de prestar serviços nas instalações após o projeto de um novo serviço de segurança. Outras demandas também serão aceitas, por exemplo, o secretário disse que o governo continuará aumentando o gasto para a educação superior e investigação, no entanto, não revelou em que porcentagem será feita. Antes de que se firmara a resposta do governo, os estudantes gritaram "Huelum! Huelum!" e mais dois urros, um para o IPN e outra pelo México, incluindo um "Goya" para agradecer o apoio da Universidad Nacional Autónoma de México. "Não vamos a deixar-o aqui, em cada escolas, vamos a organizar assembléias politécnicas para analizar a proposta que foi entregue à Segob [Secretaria da Governação, o Ministério do Interior mexicano]. Foi uma conquista, mas não a vitória", declarou Apro Iván García, aluno ESIA Zacatenco. Enquanto que outro afirmou que "Não se têm que ovacionar o secretário da Governação, é o que está fazendo, não é nada plausível, o que se está fazendo, esse é o seu trabalho". Osorio Chong, informou que a entrega do documento em resposta às demandas, não busca reconhecimento e disse que é a única cópia, pois o único acordo que existe é com eles. O escrito será submetido a revisão da comunidade, para chegar a um consenso.

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