18 de janeiro de 2022

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Cinco meses após o talibã assumir o governo do Afeganistão, entre 20 e 24 milhões de pessoas, metade delas crianças, passam fome no país, reportam organizações como o UNICEF, que lançou um "apelo histórico" em dezembro passado solicitando a doação de 2 bilhões de dólares para serem investidos em programas de nutrição e na melhoria dos serviços de saúde, inclusive dos programas de vacinação.

Além da falta de comida, os afegãos também sofrem com falta de água potável e serviços de saneamento ruins. O UNICEF estimava no mês passado que 8 em cada 10 afegãos bebiam água contaminada com bactérias.

“A atual situação humanitária no Afeganistão é terrível, especialmente para as crianças”, disse na época Alice Akunga, representante do UNICEF no Afeganistão, que previa que se nada fosse feito imediatamente, cerca de 50% das crianças afegãs ficaria gravemente desnutrida este ano.

A situação de crise no país foi agravada por decisões de governos e instituições bancárias internacionais de não negociarem com o governo talibã, reportou a Human Rights Watch. Isto afetou os serviços bancários e os negócios e fez com que o dinheiro ficasse escasso. Com pouco dinheiro em circulação, as famílias não têm como comprar alimentos e outros artigos básicos.

Além disto, questões climáticas locais, como a seca e o inverno rigoroso, dificultam a produção agropecuária em geral. "Agricultores e pastores são vitais para que o país saia da armadilha da fome", reportou a FAO em novembro passado, enquanto distribuía sementes, fertilizantes e dinheiro aos produtores rurais.

Cerca de 70% dos quase 39 milhões de afegãos vive em áreas rurais, reportou a FAO ainda.

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Fontes