2 de outubro de 2020

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Delphine Boël, a filha ilegítima do ex-rei dos belgas, Alberto, foi autorizada ontem pelo Tribunal de Apelação de Bruxelas a usar o título de "Princesa da Bélgica". Ela também será chamada de "Alteza Real", adotará o sobrenome "de Saxe-Cobourgo-Gota" e os benefícios se estenderão a seus dois filhos.

Delphine enfrentou uma batalha de cerca de sete anos nos tribunais do país até conseguir que o ex-rei se submetesse a um exame de DNA no final de 2019, após o qual ele finalmente admitiu ser seu pai.

Inicialmente ela e seus advogados anunciaram que ela só queria o reconhecimento da paternidade, mas segundo a imprensa, ela mudou de ideia nos últimos meses e exigiu ter os mesmos direitos que os demais filhos de Alberto, incluindo, além do título, uma residência e um salário custeados pelo Estado.

Quem é Delphine?

Entre o final dos anos 1960 e 1970, Alberto manteve um relacionamento com a baronesa belga Sybille de Selys Longchamps. Eles haviam se conhecido em Atenas em 1966, mas iniciaram seu relacionamento apenas em 1967. Ambos já eram casados então.

Delphine nasceu em 1968 como filha de Jacques Boël, o então marido da baronesa.

Foi no final dos anos 1990 que o caso veio à tona, quando uma biografia sobre a rainha Paola foi publicada. Em 2008, Jacques Boël, homem que até então era considerado seu pai, a deserdou após um teste de DNA revelar que ele não era seu genitor.

Delphine Boël é casada com o norte-americano de origem irlandesa James O'Hare, com quem tem dois filhos: Joséphine (n. 2003) e Oscar (n. 2008).

Mudança na lei não impediu titulação

Após assumir o trono em julho de 2013, o atual rei dos belgas, Filipe, mudou a lei e a regra passou a ser que apenas filhos de monarcas reinantes passassem a receber o título de "príncipe" ou "princesa". Antes, este benefício era estendido também aos netos do monarca.

No entanto, o tribunal reconheceu o direito retroativo de Delphine receber o título, já que ela é filha de um monarca que já foi reinante.

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Fontes