17 de novembro de 2020

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Cabo Verde continua a ser o país de língua portuguesa melhor colocado no Índice Ibrahim de Governação Africana (IIAG, nas siglas em inglês), da Fundação Mo Ibrahim, ao ficar na segunda posição, enquanto Angola é pior, no 43º lugar em 54 países.

Entretanto, Angola registou uma melhoria ao acumular 40 pontos em 2019, mais 5,4 do que em 2010, sendo o terceiro país que mais melhorou nos últimos cinco anos.

Em termos do continente, o IIAG registou em 2019 um declínio pela primeira vez desde 2010, de acordo com o relatório publicado nesta segunda-feira, 16.

A pontuação média geral diminuiu 0,2 pontos em 2019 para 48,8 em relação aos 49 pontos de 2018, devido à deterioração de três das quatro categorias analisadas pelo Índice: participação, direitos e inclusão, segurança e Estado de Direito e desenvolvimento humano. A outra categora é melhorias nas oportunidades económicas.

Entretanto, ao longo da década, o desempenho geral da governação progrediu ligeiramente, com melhorias nas oportunidades económicas e no desenvolvimento humano.

Angola melhora

O relatório indica que Angola, Chade, Costa do Marfim, Etiópia, Madagascar, Seicheles, Sudão e Togo foram os países que conseguiram melhorar ao longo da década.

No relatório divulgado hoje com dados de 2019, Angola ficou classificada no 43.º lugar, mostrando sinais de progresso crescente.

O país somou 40 pontos em 2019, mais 5,4 do que em 2010, e é o terceiro país africano que mais melhorou nos últimos cinco anos. Ainda assim, Angola é o país com a pior pontuação da África Austral.

Na mesma região, Moçambique ficou na 26.ª posição, o que revela uma tendência de deterioração acelerada.

O país totalizou 49 pontos, menos 0,2 do que há 10 anos. No entanto, melhorou significativamente nas outras duas categorias.

Cabo Verde, segundo no continente

Cabo Verde continua a ser o melhor lusófono e mantém o segundo lugar no continente, tendo à frente apenas as Ilhas Maurícias.

O arquipélago registou uma tendência positiva na última década e somou 73,1 pontos, com destaque para o progresso significativo na categoria de bases para as oportunidades económicas.

O relatório indica que o arquipélago foi o país com melhor desempenho da África Ocidental.

Na mesma região mas na cauda, está a Guiné-Bissau que ocupa a 41.ª posição e que, segundo o estudo, mostra sinais preocupantes de declínio recente.

O país atingiu 41,4 pontos em 2019, mais 2,8 do em 2010, mas viu a situação deteriorar-se no desenvolvimento humano e nas bases para as oportunidades económicas.

São Tomé e Príncipe é o segundo lusófono melhor colocado, no 12.º lugar e o melhor da África Central.

O país somou 60,4 pontos, mais 2,8 do que há uma década, com melhorias significativas nas categorias de desenvolvimento humano e bases para as oportunidades económicas.

O Índice Ibrahim de Governação Africano, da Fundação Mo Ibrahim, do magnata sudanês de mesmo nome das telecomunicações, mede anualmente a qualidade da governação em África sempre com dados referentes ao ano anterior.

Fontes