18 de março de 2022

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O empresário angolano Álvaro Sobrinho está impedido de deixar Portugal, enquanto não pagar uma caução de seis milhões de euros, enquanto sobre ele mantém-se a medida de coação de Termo de Identidade e Residência que lhe foi anteriormente aplicada.

Depois de ter sido interrogado durante horas pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, nesta quinta-feira, 17, o advogado de Sobrinho , citado pela Sic Notícias, informou da caução mas garantiu que “não há arrestos, não se falou em nada disso".

“Trata-se de uma decisão normal na justiça, é uma decisão com a qual nós naturalmente não concordamos, da qual vamos interpor recurso”, acrescentou Artur Marques que não adiantou mais pormenores, nem o teor do interrogatório.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) confirmou a caução, em comunicado, e que Sobrinho fica também obrigado a apresentações trimestrais às autoridades portuguesas e sujeito à "proibição de se ausentar para fora da zona Schengen, com a concomitante entrega imediata dos seus passaportes".

O processo

A estação televisiva CNN Portugal revelou também hoje que Sobrinho estava a ser ouvido por suspeitas de burla ao BESA, que presidiu entre 2001 e 2012, em cerca de 500 milhões de euros.

Em causa, alegados crimes de burla qualificada e branqueamento de capitais.

O empresário angolano é acusado de ter recebido 352 milhões de euros através de três empresas angolanas, aos quais se juntam mais 148 milhões por intermédio de duas sociedades offshore.

Fontes