4 de fevereiro de 2025

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Como parte do Dia Internacional do Câncer, que é comemorado em 4 de fevereiro, apresentamos a história de uma sobrevivente que encontrou em seu diagnóstico a força para se tornar uma inspiração para outros pacientes com câncer a partir da esperança e do amor.

Quem vê Sugey Carnero, de origem peruana, hoje não poderia imaginar os dias difíceis que viveu enquanto lutava contra o câncer metastático, até que conseguiu superar a "escuridão" que um diagnóstico médico inesperado dessa magnitude acarreta.

Quase quatro anos se passaram desde o dia "fatídico" em que um telefonema disse a esta empresária do setor da construção e mãe de duas filhas, que ela tinha um câncer de mama muito agressivo e que seu prognóstico não era animador.

"Naquele momento, a luz do dia que entrava pela janela do meu quarto se transformou em escuridão. Eu me joguei no chão e pensei que era um pesadelo", disse ela à Voz da América. "Decidi me levantar, recuperar o fôlego e enfrentar a doença", acrescentou a sobrevivente do câncer

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 1.777.566 novos casos de câncer foram relatados nos Estados Unidos em 2001 e cerca de 608.366 pessoas morreram de câncer em 2022.

"O câncer tem sido um presente mal embrulhado porque o Sugey que sou agora não é o Sugey de alguns anos atrás. Eu me considero um ser humano diferente porque o câncer me ensinou a valorizar cada pequena coisa que a vida me dá do ar que respiro, do amor, das flores, do sorriso", diz Sugey Carnero.

"Eu parei de ser um ser humano egoísta. Neste mundo não estamos sozinhos e temos que ser empáticos e dispostos a ajudar. Você não precisa ter dinheiro, às vezes uma palavra de encorajamento ou um sorriso é suficiente. Dessa forma, aprendi que com muito amor e abraços você pode ajudar a curar o câncer e é por isso que estou aqui hoje", diz essa mulher, que por meio de sua experiência busca servir de inspiração.

Sugey Carnero diz que antes do diagnóstico ela mantinha um estilo de vida saudável, se exercitava com frequência e tentava manter uma boa alimentação, então nunca imaginou que receberia um diagnóstico de câncer.

"Eu estava amamentando e, por ignorância, não prestei atenção aos avisos que meu corpo dava. De repente, de super saudável, comecei a ficar doente de qualquer coisa até chegar ao hospital de emergência por broncopneumonia. Logo depois, senti alguns caroços no seio, mas pensei que era leite materno acumulado e não era assim", diz Sugey.

Depois de passar por 16 cirurgias, vários ciclos de quimioterapia e radiação, Sugey Carnero conta que ficou mais forte e apesar de ainda ter sequelas dos tratamentos, confessa que conseguiu superar a doença "porque não passei sozinha pelo meu câncer".

"Quando você recebe um diagnóstico tão fatídico como no meu caso, é aí que você tem que escolher: ou você se deixa vencer ou luta com todas as suas forças possíveis para poder seguir em frente. Decidi lutar contra todas as probabilidades", disse ele.

A Sugey Inspiration nasceu, como diz sua fundadora, devido a um "erro" de publicação. O que seria um vídeo privado para seu perfil no Facebook, onde ele relatou que estava entrando em sua cirurgia de mastectomia bilateral, tornou-se uma mensagem pública que recebeu vários "likes" e "comentários".

"Fiz um vídeo para me despedir delas, dos meus 'bubis' que me deram vida, deram vida às minhas filhas, elas fizeram parte do meu crescimento, da minha juventude, como toda mulher, mas sempre dando incentivo. O que eu não imaginava é que quando saí da anestesia o vídeo tinha sido visto por muitas mulheres que estavam passando pela mesma situação e me disseram que serviu de inspiração para elas. Foi assim que nasceu a Sugey Inspiration. A partir daí decidi fazer mais vídeos e começar com essa missão", conta sua fundadora.

Desde então, a Sugey Inspiración criou uma rede de apoio com mulheres e pacientes com câncer em diferentes países, com ênfase especial no México e no Peru. Eles oferecem oficinas informativas e, por meio de doações privadas, fornecem treinamento profissional para que essas mulheres possam ser produtivas e autossuficientes. Também oferece apoio emocional e material a pessoas nessa condição.

Por meio dessa rede, busca educar sobre a detecção precoce, a importância do autoexame e não da automedicação, mas o mais importante, segundo o fundador, é transmitir a mensagem de que "há vida após o câncer".

"Depois do câncer, depois das cirurgias que precisam ser superadas, você pode voltar à vida e muitas vezes a uma vida melhor. O importante é encontrar em algo tão negativo, o positivo. Conheci muitas irmãs que encontraram seu propósito neste caminho porque sempre digo que toda mulher com câncer, quando está curada, tem um propósito e sempre há esperança", conclui Sugey Carnero.

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